Para uma indústria tão grande quanto o canabidiol (CBD), diretrizes de segurança baseadas em evidências têm sido notavelmente ausentes. Apesar de uma porção significativa de adultos americanos, aproximadamente 60%, ter experimentado CBD e atribuído benefícios medicinais a ele, recomendações oficiais de dosagem não existiam até um relatório revolucionário. Este relatório estabeleceu, pela primeira vez, uma ingestão máxima diária de CBD de até 160 miligramas (mg) para adultos "saudáveis", enquanto aconselha um limite máximo de 70 mg para indivíduos tentando conceber, grávidas ou amamentando.
Este passo é um grande avanço para legitimar a indústria do CBD com orientações focadas na saúde e ciência. A introdução de limites diários facilita a inclusão de rotulagem específica nos suplementos dietéticos de CBD, oferecendo clareza sobre a dosagem, especialmente para grupos especiais. Vamos mergulhar na importância dessas diretrizes.
Historicamente, a dosagem de CBD tem sido uma questão de estimativa, com a falta de estudos revisados por pares levando especialistas a aconselhar começar com doses mínimas e aumentar gradualmente. Esta abordagem nasceu da necessidade, mas à medida que a popularidade do CBD para seus benefícios mentais e físicos cresce, também cresce a necessidade de instruções de dosagem mais precisas. Com projeções indicando que mais de 900 milhões de pessoas globalmente estarão usando CBD até 2027, impulsionadas por seus benefícios potenciais para ansiedade, manejo da dor, depressão, insôniae bem-estar geral, o chamado para validação científica nunca foi tão alto.
A ciência está começando a apoiar os benefícios do CBD, com estudos destacando sua eficácia no tratamento de condições como ansiedade e sua comparação com a melatonina para melhorar a qualidade do sono. Esses achados incentivaram os pesquisadores a focar em níveis seguros de dosagem para consumo diário.
Em setembro de 2023, Regulatory Toxicology and Pharmacology publicou um relatório chave detalhando os limites máximos de ingestão oral para o CBD, derivados de uma avaliação extensiva de dados de ensaios clínicos em humanos e estudos de toxicidade em animais. O relatório propõe uma ingestão diária "aceitável" de 0,43 mg de CBD por quilograma de peso corporal para a população geral, equivalente a 30 mg/dia para um adulto de 70 kg, incluindo todas as fontes de ingestão de CBD. Além disso, recomenda limites superiores de ingestão adaptados a grupos específicos de adultos, levando em conta os possíveis efeitos reprodutivos e riscos de lesão hepática, com sugestões que variam de 70 mg a 160 mg por dia, dependendo do estado de saúde do indivíduo.
O estudo destaca a importância de proteger a saúde hepática e o bem-estar reprodutivo, dado o impacto potencial do CBD nos níveis de enzimas hepáticas e a toxicidade do desenvolvimento observada em estudos com animais. Esses limites recomendados buscam mitigar tais riscos estabelecendo limiares seguros de consumo.
Para os produtores de CBD, este estudo enfatiza a necessidade de produzir produtos confiáveis e rigorosamente testados. Os primeiros anos da indústria do CBD foram marcados por produtores irresponsáveis que não testavam independentemente a qualidade de seus produtos. À medida que a indústria avança, o rotulamento claro e preciso sobre pureza, potência e doses recomendadas torna-se crucial.
Aos consumidores, aconselha-se a considerar seu estado de saúde e selecionar produtos de marcas reputáveis que fornecem resultados transparentes de testes de produtos. Dar prioridade a marcas que usam cânhamo orgânico e aderem a padrões de produção de alta qualidade também pode reduzir o risco de contaminação por substâncias nocivas.
Este estudo representa um passo significativo na definição de diretrizes de dosagem baseadas em evidências para o CBD, refletindo a maturação da indústria e o compromisso com práticas baseadas na saúde e ciência. Enquanto antecipamos mais pesquisas, o foco permanece em proteger a saúde do consumidor, orientar as práticas da indústria e informar as decisões regulatórias.
Sobre o Autor:
Scott Mazza, co-fundador e diretor de operações da Vitality CBD, combina sua experiência em finanças com uma convicção profunda nos benefícios do cânhamo como uma alternativa natural aos produtos farmacêuticos tradicionais. Comprometido em promover o bem-estar, o trabalho de Scott é fundamental na direção da indústria do CBD para uma maior transparência e garantia de qualidade.
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